Pra que ficar com essa cara de jiló
Dentro do terninho, da gravata e paletó
Pra que corar o teu semblante de vermelho
Guarde tua língua pra não dar nos cotovelos
Faça como eu faço
Meu buraco é mais embaixo
Lá no meu barraco é que eu me esculacho
Uma gelada, feijoada e violão
Folia no terreiro e amor no coração
Pra que levar a tua vida numa bad
A felicidade com dinheiro não se mede
Pra que querer de um pouco todo e um pouco tudo
Pague para ver
E vai se arrepender
Faça como eu faço
Me afasto do cansaço
Hoje tem festinha na laje do meu barraco
Eu tô de olho no negão da padaria
Eta coisa boa é viver na boemia
Sai desse compasso de viver o dia-a-dia
Quebre o protocolo
De sua monotonia