Preciso encontrar um jeito
De voltar pra minha terra
Tô morrendo de saudade
Do meu rancho ao pé da serra
As siriemas fazendo um dueto na chapada
É o canto da natureza
Que não se compara a nada
Quando vai subindo o sol
Secando as gotas de orvalho
Sertanejo molha o moço de suor de seu trabalho
Sentado à beira da grota
Bebe água do chapéu
Esperando chuva mansa
Ele não cansa de olhar o céu
Viola no peito lua de prata cheiro do chão
São coisas que me levam pro sertão
Saudade e paixão minha terra amada
Coisas de caipira
Que no meu pai ninguém muda ou tira
Não adianta nem peripécia
Não troca essa terra por nada
A fumaça lá no rancho
Sertanejo já conhece
Não demora muito
Caldeirão de pinga ainda aparece
À sombra de uma palmeira
Um cochilo é sagrado
É um pouco que se faz muito
Pra quem não é empregado
As galinhas no poleiro anunciando o fim do dia
À noite lá no rancho tudo é festa e alegria
A lua tá no terreiro e a viola tá no peito
Pra quem quer paz e sossego
esse é o lugar perfeito