Vinha voando no meu carro quando vi pela frente
Na beira da calçada um broto displicente
Joguei o pisca-pisca para a esquerda e entrei
A velocidade que eu vinha não sei
Pisei no freio obedecendo ao coração
E parei... parei na contra-mão
O broto displicente nem sequer me olhou
Insisti na buzina mas não funcionou
Segue o broto seu caminho sem me ligar
Pensei por um momento que ela fosse parar
Arranquei à toda e sem querer
Avancei o sinal... o guarda apitou
O guarda muito vivo de longe me acenava
E pela cara dele eu vi que não gostava
Falei que foi cupido quem me atrapalhou
Mas minha carteira pro xadrez levou
Oh, acho que esse guarda nunca se apaixonou
Pois minha carteira o malvado levou
Quando me livrei do guarda o broto não vi
Mas sei que algum dia ela vai voltar
E a buzina desta vez eu sei que vai funcionar
Eu sou terrível e é bom parar
Que desse jeito me provocar
Você não sabe de onde eu venho
O que eu sou e o que tenho
Eu sou terrível, vou lhe dizer
Que ponho mesmo pra derreter
Estou com a razão no que digo
Não tenho medo nem do perigo
Minha caranga é máquina quente
Eu sou terrível, e é bom parar
Porque agora vou decolar
Não é preciso nem avião
Eu vôo mesmo aqui do chão
Eu sou terrível, vou lhe contar
Não vai ser mole me acompanhar
Garota que andar do meu lado
Vai ver que eu ando mesmo apressado
Minha caranga é máquina quente
Eu sou terrível, eu sou terrível
É proibido fumar, diz o aviso que eu li
É proibido fumar, pois o fogo pode pegar
Mas não adianta o aviso olhar
Pois a brasa que agora eu vou mandar
Nem bombeiro pode apagar
Nem bombeiro pode apagar
Eu pego a garota e canto uma canção
E nela dou um beijo com empolgação
Do beijo sai faisca e a turma toda grita
Que o fogo pode pegar
Nem bombeiro pode apagar
O beijo que eu dei nela assim
Nem bombeiro pode apagar
Garota pegou fogo em mim
Sigo a minha vida bem contente e feliz
Nunca respeitando o aviso que diz
Que é proibido fumar
Que é proibido fumar