[Intro]
(Música de fundo—kuduro)
Hey, cala a boca, cala a boca!
Não vou te ver mais
Isso é vinte quatro?
Vinte e quatro é qual?
Vinte e quatro...
[Coro: Saketumba]
Esse é o diário do meu amigo
Fora do comum, Senhor Sarkáztiku
Esse é o diário do meu amigo
Fora do comum, Senhor Sarkáztiku
(Carlos Lopes: São seis horas da manhã, é hora de acordar!)
[Estrofe 1: Sarkáztiku CEO]
Seis da matina
Salto da cama
Travo uma de mão
Tiro um banho
Depois d'uma bruta cagada
Hoje o meu dia vai ser duro!
Dispenso chá com chá
Mato o bicho com simplito
Recheado de lambula
Proveniente do pomar mais famoso da minha bandula
Ligo o rádio, sintonizo ''Manhã Informativa''
As notícias dão-me náuseas
«O presidente falou e disse»
É sempre a mesma merda
Essе filme eu já conheço
Quando não é drama é comédia
Sе a tua função é só mentir
Cose a tua boca!
Senhor jornalista, diz algo que preste!
Porque sinceramente estou farto da tua lábia
Na república das bananas
Manda quem pode
Quem não pode, se fode!
Mas isso não pode
Continuar assim
Isso tem que ter um fim
[Phone Call: Sarkáztiku CEO & Ndócima]
Aló, Ndócima!
—Yah... Sarkáztiku
Yah... fala
—Epah venho pr'aí meu... pra vermos aquela cena, como é?
Tou fora brother
—Oh... fora como? Como é? Combinamos pra hoje, como é então
Houve um imprevisto, tive que sair mesmo dread
—Quê? Tás a bazar aonde?
Olha vou pro Becket ver o mambo da capa, depois bazo pro salo fazer um extra; tá ver... né?
—Yah, não tem maka! Você baza, eu tou aqui com o brother Johnny... depois acertamos quando você regressar
Mas é assim: olha, Ndócima...
—Depois você regressa
Yah, confio em ti mô brother... epah, você... você é o meu engenheiro brother; mostra trabalho mesmo, tá ver, né?
—Yah, yah, yah
(Ikonoklasta: Água... água, quem quer água?)
Yah
—Yah, não tem maka! Tásse bem vou ver esse mambo
(Ikonoklasta: Yah, vamo bazar... vamo bazar; vamo bazar)
[Estrofe 2: Sarkáztiku CEO]
Sete e meia
Estou na linha férrea
A caminho do salo
Preparo a mente e o físico pra mais um dia árduo
E estômago suficiente pra engolir o sapo do meu chefe
O protótipo da preguiça
Chega às 12h, joga cartas no PC enquanto coça a piça
E no fim do mês recebe um bom salário
Ai... a secretária manda um rabo do caralho!
Mulata oxigenada—altura 1,70 cm
Boazuda pra xuxu
Excito-me vezes sem conta sempre que penso naquele cu
Apertado tal qual as curvas do Morro do Binda
Imagino o meu rato naquela rata
Selvagem tipo a mata de Cabinda
Eu preciso afundar o martelo
Só que, a gaja é muito pudica
Mas a mim, não enganas com esse teu ar de ingenuidade
Sei que por trás disso, esconde-se uma puta
Daquelas que dispensam a vagina
E curtem fodas no cu
E orbitam noutro espaço quando o esperma cai na boca
Engolem com prazer nem desperdiçam nenhuma gota
[Coro: Saketumba]
Esse é o diário do meu amigo
Fora do comum, Senhor Sarkáztiku
Esse é o diário do meu amigo
Fora do comum, Senhor Sarkáztiku
[Estrofe 3: Sarkáztiku CEO]
Quando o relógio marca
Vinte e trezentos e cinquenta
Eu e o meu penta campeão da roscaria
Luís Porra—e o resto da matanga
Arrumamos o figurino, entramos na via
As miúdas adoram-nos; e nós não mayamos
Começamos pelo os abraços
Beijos e amassos
Elas esquecem o português
E quando começam a falar francês
Desprendemos as tangas
Lambuzamos o repolho com mil e quinhentas espermas
Xé... Espera!
Porém nesse esquema
A turma não arrasta somente as pequenas
Há também as tias:
Solteiras e casadas
Pobres e abastadas
Armadas em santas
Mas no fundo são bandidas
Com os putos sonham e amam ser fodidas
[Coro: Saketumba]
Esse é o diário do meu amigo
Fora do comum, Senhor Sarkáztiku
Esse é o diário do meu amigo
Fora do comum, Senhor Sarkáztiku