A vida de boiadeiro
É uma vida apertada
Se ficar um dia em casa
Quinze ou vinte na estrada
Em cima do meu mulão
Cortando estradão tocando a boiada
Quando vai anoitecendo
Eu faço minha pousada
Embaixo de qualquer árvore
Minha rede está armada
Com meu cachorro campeiro
Fico a noite inteira vigiando a boiada
O dia que eu fico triste
Na estrada empoeirada
Me disfarço com a viola
Que eu trago sempre afinada
Eu vou cantando versinho
E rompendo caminho e tocando a boiada
Assim levo a minha vida
Sempre alegre na estrada
Por toda parte que eu vou
Deixo uma namorada
Deixo a cabocla chorando
E eu saio cantando tocando a boiada
Deixo a cabocla chorando
E eu saio cantando tocando a boiada