Quase sempre nos damos conta só depois
Que estamos sós e que já não somos nós dois
O quanto era bom e o que restou foi
Mais um verbo no passado pra rimar com amor
Quando as flores do jardim eu já não lembro mais
Quando as cores que eu tenho já não me lembram paz
Quando o sol já não entra na janela
e a comida já esfria na panela
Cadê você para o jantar?
Preparei uma mesa farta
e o que sobra é a sua falta
Cadê você pra completar?
Sua ausência está presente quase sempre
E me cala
Quase sempre...
E na sala de estar com meu violão,
Pra quem vou cantar?
E no fim de tarde, um mundo de histórias,
Pra quem vou contar?
Se você não estiver, se você não estiver por lá
Quase sempre...
Cadê você para o jantar?
Preparei uma mesa farta
e o que sobra é a sua falta
Cadê você pra completar?
Sua ausência está presente quase sempre
E me cala, me cala...
(Quase sempre)