Ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai
Me dói um furúnculo
Bem lá por trás
Minhas brotoejas
Coçam demais
Que dor de barriga
Já não tenho paz
Aqui do banheiro
Eu não saio mais
Ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai
Dei um a topada
Que dor infeliz
Tá doendo o siso
Dentro da raíz
Estourou uma espinha
Dentro do nariz
Vivo resfriada
O que foi que eu fiz?
Ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai
De tanta assadura
Não posso sentar
Cheia de alergia
Vivo a espirrar
Pobre do meu calo
Fica a latejar
Tô com gases presos
Tenho que soltar
Ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai
Tenho um joanete
Que é de estimação
Uma bolha d'água
Na palma da mão
Tosse, erisipela
E uma comichão
Que vai da cabeça
Até o dedão
Ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai
No meio da rua
Escorreguei, caí
Enfaixei a perna
Tô que nem saci
Ai que dor nos quartos
Quase enlouqueci
Corro apertada
Pra fazer xixi
Ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai
Mas um dia eu juro
Que vai melhorar
Nessa minha vida
Tudo vai mudar
De tanta catimba
Quero me livrar
Mas se não der certo
Volto a gritar
Ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai, ai
Ai!