Pedro Batuque não é de dar mole à tristeza
Ele firma no couro, na caixa, na mesa
A sua defesa é o seu batucar
Seja em cima do palco ou no meio da praça
Em qualquer lugar onde aglomere a massa
Ele bota na raça o povo pra sambar
Seu Batuque vem de Angola, vem da Guiné
Tem um quê de quilombola, de candomblé
Quem escuta, deita e rola, homem ou mulher
Sendo assim lá vai marola, pois Pedro é
Um mestre a nos ensinar
E a gente tem que respeitar
Fazer por onde merecer axé
Que só mestre Pedro nos dá
Quando ele começa a tocar
Parece que estamos em Dahomé
Produto do nosso quintal
O representante ideal
Da nossa cultura e da nossa fé
Retrato da nossa nação
Que faz com sua percussão
O país inteiro dizer no pé