Estou perdida na fumaça
Na penumbra de um cabaré
E essa dor é uma cachaça
Que não passa nem descompassa
Um amor carnal, uma flor do mal
Meu castigo de sempre
Te querer muito mais quero
Foi assim do começo ao fim
Até mesmo a loucura que conduz
À volúpia dor
Pois te amei como amei meu pai
E quem ama o amor não trai
Vou levando essa cruz
Garçom, me sirva um bom traçado
Dose dupla de solidão
A um coração dilacerado
Transpassado de lado a lado
Ponta de punhal, uma flor do mal
Meu destino de sempre
Me entreguei nessa comunhão
Como a abelha se entrega à flor
E num beijo imortal depois do amor e satisfação
Mais que eu, ninguém deu de si
E sou eu que ainda vive aqui
Prisioneira da dor
Embriagada do perfume da paixão
E a paixão enfim é a flor do mal
Tatuada em mim