Toda lã que eu roubei do seu novelo
E o desespero dos meus olhos de manhã
E o pesadelo, e o desespero, e o pesadelo
Pra todo gelo, todo zelo e toda lã
Venha na luz de uma manhã q’lareando
Nos aviões, nos caminhões que vão voltar
Nos telegramas, nos postais de fim de ano
No assobio de uma corrente de ar
No movimento da maré dos oceanos
No minuano e num galope a beira mar
No dia a dia, mês a mês, ano após ano
No assobio de uma corrente de ar