Uma foto inesperada que surgiu trouxe de volta seu rosto
Justamente no momento que eu ia à cozinha pra beber água
Essa sede no meu corpo tragaria um oceano com gosto
Equivalente ao desejo que me levaria até sua casa
Mas eu sei que você ainda não habita o local
Sei o quanto é bonita aquela vista, um postal
Que eu caminharia até o Butão e o Nepal
Só pra poder te ver de novo
Nas ondas da memória o pensamento é movimento composto
Na sombra nossa história se aninha enquanto dorme e aguarda
Uma parte é calmaria mas num sopro se transforma no oposto
Na tapeçaria que camufla o incêndio da Lagoa na alma
Mas eu sei que o amor espia quando surge a paixão
Que eu não deveria
Mas quem ouve a razão?
Tudo o que eu queria era uma condição
Pra que eu pudesse te ver de novo
Mas o que eu faço?
Quando eu quero te ver
Tudo o que eu guardo
Mas não posso te dizer
Ouça no rádio
Pois quando ligo
A TV
Você aparece
E sorri pra mim
Carros pelo asfalto faróis alto projetando contornos
Correm tão velozes como átomos do caos sem disfarce
Casos como o nosso tão urgentes, do acaso adornos
Sofrem com o atraso mas não morrem, tem no peito a chave
O que não tem conserto, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca
Terá
Só uma tenho uma certeza que o sol vai brilhar
Quando eu puder te ver de novo
Em pleno feriado faço mala vou de um lado pro outro
Piracicaba Tocantins Taquaruçu foi capital agora é Palmas
No palco iluminado o violão trago grudado no corpo
Vem lá no firmamento a promessa do seu beijo que salva
Mas todo o conteúdo está na palma da mão
Tudo que levita fica à um palmo do chão
Eu mudo sobre tudo mas so há uma exceção
Ficar igual pra te ver de novo