O passado é um país distante
que distante é a sombra da voz
o passado é a verdade contada
por outro de nós
Estranho som
o da memória a recordar
ao longe reconheço a casa
e a língua familiar
estranho, o som da língua
na frase famailiar
o mar
galgou numa outra língua, o mar
nunca será demais lembrar
é um outro olhar para outro olhar
Estranha sombra
a que por vezes cobre o olhar
dir-se-ia que escurece só
p´ra então iluminar
as sombras a retalho
na face familiar
o mar
galgou por sobre a sombra, o mar
nunca será demais lembrar
é um outro olhar para outro olhar
Estranho sono
o que nos faz rememorar
na rua paralela o passo
outrora familiar
há casas tão mudadas
na rua familiar
o mar
galgou por sobre a rua, o mar
nunca será demais lembrar
é um outro olhar para outro olhar