Não deixe piazito, pisar neste pago
Cuida com afago o lugar que nasceu
Neste verso meu te peço com veemência
Defende a querência que o Rio Grande teu
Dá continuidade ao que estou fazendo
Sempre defendendo o que guarda os anais
Zela os ideais desta raça guerreira
E a estirpe campeira dos ancestrais
Deixa comigo meu pai, por isso aguento o repuxo
Em honra da tua raça, e o meu estado gaúcho
Meu bisavô pai do teu pai, a casco e ponta de lança
Peleou esse velho herói pra me dar o pago de herança
Do arreio faço meu trono com garra e amor profundo
Hei de gritar para o mundo, que esta terra tem dono
Hei de gritar para o mundo, que esta terra tem dono
(Deixa comigo meu pai, que eu sigo riscando a espora
a tua cantiga baguala, por este Rio Grande afora
É isso aí meu filho Haunã Taraguy
dê-le boca desse canto gaúcho)
Tu és o amanhã que o velho confia
Mostra a galhardia da tua raiz
Conserva o que fiz e toca pra diante
Este sul gigante orgulha o país
Não deixa o modismo invadir teu costume
Traz aceso o lume desta tradição
Impõem tua opinião sem fazer desmande
E leva o Rio Grande no teu coração