Eu comparo a minha gaita ao queixo duro de bagual
Onde eu tento abrir os baixos são as rédeas e o bocal
E o meu cantar é o relincho barbaresco do animal
Minha gaita espicha mais do que pescoço de touro
Nem se chega se fechar bem já está se abrindo de novo
Nas munhecas deste taura que água tutano e ovo
Que lindo ver minha gaita num retoço de bailanta
O índio roça as bombacha sob as coxa da percanta
Que nem touro num rodeio
escarvando cupim com a guampa
O ronco da minha gaita é mais ou menos assim
Salta ajojado com a prenda beiradinjá do capim
No silêncio das taperas resona igual um clarim