Com este xucrismo que trago eu canto meu pago
com amor e carinho
Resgatando no canto que faço as raiz em pedaço
que achei no caminho
Meu canto que vem no reponte é parido do campo
cheirando capim
Qual relincho de potro e touro que berra escarvando terra
nos bujão de cupim
Meu canto trás reminiscência e não conhece maneia ou buçal
Mas tenho o jeito da minha querência moda véia
bem xucra e bagual
E esta vinte e quatro baixo que vai repontando o segredo
É o xucro Rio Grande macho que bufa e berra
na ponta dos dedo
Meu canto nasceu no borraio no calor da cinza
do cerne de angico
Trás a marca riscado na tarca dum xiru monarca do
Rio Grande antigo
Temperado ao vapor da fumaça do chio da chaleira
e no canto dos galo
Meu canto bufa fazendo rumor, rufo de tambor,
nas pata do meu cavalo
Meu canto trás reminiscência e não conhece maneia ou buçal
Mas tenho o jeito da minha querência
moda véia bem xucra e bagual
E esta vinte e quatro baixo que vai repontando o segredo
É o xucro Rio Grande macho que bufa
e berra na ponta dos dedo
Fui criado a campo fora retinindo as espora pelas madrugada
Nas ronda de tropa fui acrimatado c'os garrão rachado
curtido da geada
Nasci quero morrer no campo tomando e proseando
com o bicharedo
Meu canto é selvagem não froxa o garrão tem a formação
Desta pátria de São Pedro
Meu canto trás reminiscência e não conhece maneia ou buçal
Mas tenho o jeito da minha querência moda véia
bem xucra e bagual
E esta vinte e quatro baixo que vai repontando o segredo
É o xucro Rio Grande macho que bufa e berra
na ponta dos dedo
por nelson de campos