Se a gaita ronca num chamamé
Parceiro eu conto como é que fica
A poeira bate no Santa Fé
E o olhar da china já me palpita
Os pares dançam campeando espaço
Só pra mostrar que são bom no pé
E o pago canta nesse compasso
Se a gaita ronca num chamamé
Se a gaita ronca num chamamé
Eu abro o peito num Sapucay
Depois de um copo o que vem eu topo
Eu bato o pé e a casa cai
Se a gaita tá num chamamé
Eu abro o peito num Sapucay
Depois de um copo o que vem eu topo
Eu bato o pé e a casa cai
(Com prazeraço convido esse grande gaiteiro chamamezero
Zezinho do Grupo Floreio, canta comigo parceiro
- Deixa comigo Xirú Missioneiro)
Morena linda quero te ver
Daquele jeito que eu gosto tanto
Fazendo juras de me querer
Flor no cabelo e vestido branco
Se por acaso me der coragem
No fim do baile eu vou te dizer
Que vivo livre nestas paragens
Mas largo tudo pra ter você
Mas se a gaita ronca num chamamé
Eu abro o peito num Sapucay
Depois de um copo o que vem eu topo
Eu bato o pé e a casa cai
(De le boca de la cordeona Zezinho)
O Mato Grosso terra de guapo
Onde se toma um bom Tereré
Até o Rio Grande meu chão farrapo
Tudo se alegra num chamamé
As madrugadas têm mais calor
E estas bailantas têm mais tempero
Se nas artérias do tocador
Correr o sangue chamamesero
Se a gaita ronca...
Fazendo fundo pra um Sapucay
Foi que nasceu este chamamé
Brado de guerra dos ancestrais
Que hoje ecoa no amanhecer
E neste embalo de rio sereno
De brisa mansa no sarandis
E a gauchada num tranco bueno
Espanta as mágoas que andam por aí
Se a gaita ronca...
(Meu amigo Xirú Missioneiro
foi um prazeiraço cantar contigo companheiro)
por nelson de campos