Quando um fole macho reacende um candeeiro
O índio campeiro vai acarcando a pua
Um surungo atado pela madrugada
E a alma lavada na garupa da lua
Ataco de bota e sorriso de china
Ferve a lamparina e enfeza o floreio
Um gole de pura sinuela bailanta
Que a noite se encanta pelo sarandeio
Este e o Rio Grande que guenta o repuxo
E ferve no sangue do taura gaúcho
A indiada buena vai riscando a sala
Levando no pala o perfume da prenda
O tinido da espora marcando a vanera
Vão a noite inteira tarcando a legenda
No lombo do vento um gaitaço amonta
Por diante reponta para o rancheriu
A peonada buena da estampa monarca
Vão retratando a marca do sul do Brasil
Este e o Rio Grande que guenta o repuxo
E ferve no sangue do taura gaúcho
(Vai retratando a mais pura marca lá em Expoijuí
Meu companheiro Domício Camargo)
Este e o Rio Grande que guenta o repuxo
E ferve no sangue do taura gaúcho