Lá na campanha onde eu vivo tá bem bão de morá lá
Tem um povoado pertinho que é pra gente retoçá
Chegou uma muié do povo e ergueu um rancho na esquina
Com mais oito franga nova pra um rebuliço de china
E o treis bola dono duma tipo atoa e bem imundo
Borrachão e revolvero, gigolô e vagabundo
Dava laço no chinedo, pregava uns tiro nos fundo
E gritava pro gaitero que não parasse um segundo
( Baile véio formado mesmo que camoatim de rancho,
não é tio Nanato?)
Ali pela meia noite, cantei tudo que eu sabia
Soltei tudo as minha grossura e o praguedo não dormia
Chamei a dona da casa pra acomodar os vivente
Pra contentá esse chinedo não tem saco que aguente
Despos que as tchanga se esquentam não é fácil apagá o facho
Pula grita se arrebenta senta no colo dos macho
Só com uns barbante nas anca e vão alumiando os capricho
Num chaquaio de pelanca só de peitera e rabicho
(Tem um letreiro na porta pra atrair quem passar:
Aqui se bebe e se come e também dá pra pousar
Bombeei pra dentro, só florão de tropa,
é aqui que eu quero ficá)
Um tendéu de china e gaita, pois nem o diabo assegura
Deixe que estufe os vazio e estoure fele e fossura
Pego a relampiá fundilho levando os macho à loucura
E as mais feia se oferece por maços de rapadura
Uma gringa pinga-fogo que se botou fora cedo
Se agradou desse animal por ali deu-se o enredo
Tapei a china de jóia, um anel em cada dedo
E a tipa metia inveja no resto do chinaredo
(Fomo roçando os carcanhá e o estrago
foi que nem porco em batatal)