"Nos bailes do Boqueirão
Não tem de mamãe não gosta
Depois que a chirua encosta
Só o que aparta é com facão"
Nos bailes do Boqueirão
Sem espora ninguém dança
E toda e qualquer lambança
Se decide no facão
Nos bailes do Boqueirão
Candeeiro de querosene
Gateada, ruiva e morena
A gente amansa a tirão
Nos bailes do Boqueirão
Com cordeona de oito baixo
A fêmea é que agarra o macho
E é proibido carão
Nos bailes do Boqueirão
Não tem de mamãe não gosta
Depois que a chirua encosta
Só o que aparta é com facão
Nos bailes do Boqueirão
Nos bailes do Boqueirão
Nunca se muda de rima
O mais fraco vai por cima
E o mais forte anda no chão
Nos bailes do Boqueirão
Ninguém é dono de china
E o causo sempre termina
Num sururu de facão
Nos bailes do Boqueirão
Com cordeona de oito baixo
A fêmea é que agarra o macho
E é proibido carão
Nos bailes do Boqueirão
Não tem de mamãe não gosta
Depois que a chirua encosta
Só o que aparta é com facão
Nos bailes do Boqueirão
Nos bailes do Boqueirão
Quando o candeeiro termina
Apenas o olhar da china
Serve de iluminação
Nos bailes do Boqueirão
Sempre que dá um tempo feio
O taio de palmo e meio
É menor que um beliscão
Nos bailes do Boqueirão
Com cordeona de oito baixo
A fêmea é que agarra o macho
E é proibido carão
Nos bailes do Boqueirão
Não tem de mamãe não gosta
Depois que a chirua encosta
Só o que aparta é com facão
Nos bailes do Boqueirão
Nos bailes do Boqueirão