Por ela invernei uma saudade,
Trancei tentos na louca da solidão.
Por ela eu plantei uma esperança,
No solo morto de um triste coração...
De um triste coração.
Por ela cavalguei fletes alados,
Levei nos pessuelos os segredo dos amantes.
Fui um Dom Quixote vagando pela pampa
Feito um cavaleiro da história de Cervante...
Da história de Cervante.
(REFRÃO)
Por ela cevei mate nas auroras,
Morri aos poucos a cada amanhecer
E renascia em acordes de milongas,
Na ilusão de nunca le perder..
Por ela mudei o rumo dos ventos
Em muitos janeiros tremia de frio.
Feito um louco mandava mensagens
Em garrafas navegando pelos rios.
Feito um louco mandava mensagens
Em garrafas navegando pelos rios.
Por ela a poesia cantou triste,
O violão chorou desafinado.
E bateu serenatas nas janelas,
Para encontrar um coração roubado...
Um coração roubado.
Por ela me apaixono todo dia
Um amor febril, que nem sei direito.
Sei que a alma é mais trina campesina,
Das calhambras que eu trago no meu peito
Que eu trago no meu peito.
(REFRÃO).