Esses cavalos do mundo
Que a vida amansou por conta
Ainda fazem divisas
Quando um valente lhes monta
Pois cruzaram tempo e terra
E a história de ponta à ponta
Desde que o mundo era mundo
Já se montava a cavalo
Os bárbaros, os gauleses
Os reis, também os vassalos
Generais e imperadores
Fizeram pátria ao montá-los
Desde os mouros e cristãos
Pelas cruzadas guerreiras
Aos pingos mansos, delgados
Pelas canchas de carreira
Que se ganha e que se perde
Nas suas patas ligeiras
Desde Alexandre Guerreiro
A Martin Fierro andarilho
De Dom Quixote em seu baio
A Bonaparte, um Tordilho
Que a vida encilha cavalos
Sem nunca sair do trilho
Vai desde o Gato e o Mancha
Nos rumos do continente
A um Crioulo de respeito
Puxando a tropa na frente
Que tem sempre um de a cavalo
Na história da nossa gente
Desde os mansos do Negrinho
A um Tobiano capincho
E um Zaino cruzando o rio
Depois que findou o bochincho
Que tem sempre um pingo bueno
Tendo o clarim no relincho
Desde Bento e Gumercindo
Dos quatro esteios firmados
Que a história conta peleias
De homens que vêm montados
Sustentaram as fronteiras
E a honra do nosso estado
Vai desde Florêncio Guerra
A Dom Nunes, um campeiro
De Gaudêncio Sete Luas
A ti, Lautério Tropeiro
Que se vive e que se morre
Tendo um pingo por parceiro
Desde Alexandre Guerreiro
A Martin Fierro andarilho
De Dom Quixote em sem Gaio
A Bonaparte, um Tordilho
Que a vida encilha cavalos
Sem nunca sair do trilho
Vai desde o Gato e o Mancha
Nos rumos do continente
A um Crioulo de respeito
Puxando a tropa na frente
Que tem sempre um de a cavalo
Na história da nossa gente