Parecece que nem faz tempo, pois aperta o peito
(aqui no meu interior, onde esta dor não calma)
que foi embora num gateado,rumando a estrada
deixando, pra traz meu rancho, de morada e alma.
As sombras do interior são bem mais copadas
são mansas e abrigam almas de velhos amigos
que a gente num destino incerto de se encontrar
se perde, procurando sombras, pra um novo abrigo.
As casas, cedo ainda largam fumaças brancas
saudosas, por verem os seus. partirem assim
que eu, sem saber da vida e perseguindo ela
deixei nesse interior, um pouco mais de mim...
Os mates, tinham mais gosto de erva e poejo
colhidos beirando a sangua de águas rasas
aonde deixei meus sonhos n´outra enchente
partirem, como se vai, um filho "das casas".
Eu tenho pela memória, que ainda não falha
meu tempo de ser guri, e uma despedida
de cedo inventar saudades, que não conhecia
que hoje, me fazem entender o que era vida.
Faz tempo amansei meus sonhos nesta cidade
aqueles que viveram livres, bem iguais aos potros
que lembro e me aperta o peito, junto ao coraçao
aonde um interior,tá com saudade de outro.