O capataz mandou soltar a tropilha
Que estas tordilhas já tão se atorando
De lida bruta e potreiro pelado
O inverno é brabo pra os que tão de campo
Mandou voltear lá das corticeira'
Tropilha inteira de vinte gateado'
Desde o verão que não vem pra mangueira
Farejar a poeira de lombo arrepiado
Se estira a corda e vão gritando a forma
Quem sabe as norma' vai peitando o laço
Chega a peonada que vem do galpão
Buçal na mão e outro buçal no braço
Da minha encilha, este gateado estrela
Uma centelha quando se aliviana
E aquele outro, cabos-negros grosso
Graxa e pescoço pra empurrar a semana
Desdobra a orelha, a cabeçada aperta
E os dois alerta', reconhece as corda'
Um peão recorda no olhar do pingo
Que tem amigo e cavalo de sobra
Pra sacar boi em crescente de maio
Água nos galho' e muita rês perdida
Venta franzida bufando as marenta'
E o estrela aguenta as precisão da lida
Pra me levar pela noite aos aconchegos
Voltar bem cedo, antes que o sol desponte
Me agrada esse gateado, é cabos-negro'
De tanto entrar e de sair das noites
Muito serviço e algumas andanças
Me vem na lembrança, mudando tropilha
Estes cavalos que carregam a estância
Na pura sustância de pelo e flechilha
Que cavalhada do pátio das casa'
Se adelgaçando pelo cinamomo
Que não hay como sustentar a vasa
Sem corda forte e cavalo leviano
Segue a estância no sistema antigo
Que os de serviço tem força de pasto
Groseando os casco', ajeito meus pingo'
Que no hay domingo, nem folga pro basto
Que no hay domingo, nem folga pro basto