Faz tempo que eu madrugo versos, quase sem querer
Pra alma recordar seu jeito, de não te esquecer
E trazer pra o redor do fogo, mais lembranças tuas
Dessas que a gente depois das luas, cevava um mate pra amanhecer
Parece até que o mesmo mate, esqueceu seu gosto
Depois que uma velha saudade, repontou teu rosto
E um jeito que trazia o brilho, de um olhar moreno
Chegou povoando meus sonhos pequenos, que tinham cismas de serem teus
Ah! Minha flor pequena, dessas que nascem pelos rincões
Trazendo a graça das corticeiras, enfeita a tarde por ser tão bela
Deixa meu sonho acordar o teu, e o meu silêncio te adormecer
Quando a saudade vier me ver, com teu sorriso na minha janela
Sempre que meus sonhos tantos, saem por aí
E levam junto minha alma pra perto de ti
Eu guardo bem os meus silêncios por que eles sabem
Que são só meus e que quase já não cabem, na casa grande do coração
E eu que andei tão distante, me encontrei em mim
Sem mesmo perceber que a vida, pode ser assim
Ter a graça de uma flor bonita, dessas corticeiras
E ao mesmo tempo ser por inteira, aquilo tudo que já sonhou
Ah! minha flor pequena que traz guardada sonhos demais
Deixa que a alma mostre teu rumo que anda hoje perto do meu
Traz teu sorriso de flor vermelha, e aquele brilho do teu olhar
Toda a saudade pra se matar, que o dia ainda não anoiteceu