Quebro o cacho à canta galo só pra escutar o chinedo
Falando meio em segredo do pêlo do meu cavalo
Eu nunca fui bom aluno, mas fiz meus primeiros poemas
Escrevendo com a chilena na paleta de um lobuno
Tirante o pêlo melado, qualquer flete dá de estouro
Se boto as garras num mouro, saio a tourear delegado
De a cavalo num rosilho, encontro qualquer atalho
E sou um conde de baralho no lombo d'um douradilho
Tostado, quero pro campo, gateado é sempre buenacho
Inda mais se quebro o cacho lá onde a China prende o grampo
O tordilho pra o rio cheio, negro, salino ou vinagre
Chega a parecer um bagre que se escapou com os arreio
Zaino, sebruno, azulego, baio ruano, oveiro chita
Enche de China bonita em cada rancho onde chego
Alazão, pangaré, picaço, peão, patrão ou capataz
A sorte é a gente que faz e meu pingo, meu pingo sou eu quem faço
Ah! Velho rio grande alçado
Se o mundo, um dia, afundasse
Talvez, só tu se escapasse
No lombo de um Colorado
Quebro o cacho à canta galo
Só pra escutar o chinaredo
Falando meio em segredo
Do pêlo do meu cavalo
Ah! Velho rio grande alçado, se o mundo, um dia, afundasse
Talvez, só tu se escapasse no lombo d'um Colorado
Talvez, só tu se escapasse no lombo d'um Colorado
Talvez, só tu se escapasse no lombo d'um Colorado
Talvez, só tu se escapasse no lombo d'um Colorado
Talvez, só tu se escapasse no lombo d'um Colorado
Talvez, só tu se escapasse no lombo d'um Colorado
Talvez, só tu