Tropa entregue, trote largo
Retorno hoje à querência
Vou ruminando ausência
Que pastejei nos caminhos
E essa ânsia de carinhos
Numa carência baguala
Que aos tropeiros embuçala
Quando andejam sozinhos
Meu flete trocando orelhas
Sonorizando as esporas
Como uma dança das horas
De cascos ferindo pastos
E este rangido de bastos
Se completa em melodia
Na gaita das sesmarias
Por onde deixo os meus rastros
Na gaita das sesmarias
Por onde deixo os meus rastros
Que lindo ver a querência
Cada serro, cada aguada
Pra quem cruzou madrugadas
Nas rondas sonhando vê-las
Vem uma lágrima sinuela
Ponteando a felicidade
De quem viveu na saudade
Entre a pampa e as estrelas
No oitão do rancho a china
Sangrando noites de espera
Num riso de primavera
Reflorescendo faceira
É uma flor de corticeira
Da minha pampa bravia
Que ficou contando os dias
Mirando a luz da boieira
Que ficou contando os dias
Mirando a luz da boieira
Que lindo ver a querência
Cada serro, cada aguada
Pra quem cruzou madrugadas
Nas rondas sonhando vê-las
Vem uma lágrima sinuela
Ponteando a felicidade
De quem viveu na saudade
Entre a pampa e as estrelas
No oitão do rancho a china
Sangrando noites de espera
Num riso de primavera
Reflorescendo faceira
É uma flor de corticeira
Da minha pampa bravia
Que ficou contando os dias
Mirando a luz da boieira
Que ficou contando os dias
Mirando a luz da boieira